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ECEME

ECEME no CMS: abordagem operacional e econômica


A capacidade operacional do Comando Militar do Sul (CMS), a atuação das Forças Armadas no Sul do País e o cenário econômico da região foram os principais temas  apresentados aos alunos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME).


A viagem de estudos estratégicos, pela área do CMS, começou por Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, onde os dezoito oficiais-alunos conheceram a área de atuação da 3ª Divisão de Exército, o Centro de Adestramento-Sul e o Centro de Instrução de Blindados.


PAINEL MILITAR

Em Porto Alegre, RS, os alunos foram recebidos pelo chefe da 6ª Divisão de Exército, General de Divisão *Baltieri* e pelo chefe do Centro de Coordenação de Operações do CMS, General de Brigada, Marcelo Lorenzini *Zucco*.

“Aqui é possível treinar para o combate. Os senhores têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos que estão aferindo na ECEME”, destacou o Comandante da 6ª DE.

Detentor de 76% da frota de blindados do Exército Brasileiro, o CMS possui ainda  92% dos blindados sob lagarta da Força Terrestre. De acordo com o chefe do Centro de Coordenação de Operações do CMS, este é um comando vocacionado para o preparo.

“No CMS, preserva-se o conhecimento do combate convencional. Temos condições propícias para o adestramento do Estado-Maior e da tropa”, destacou o General Zucco.

A interoperabilidade das forças na região sul do País foi destacada pelo Major-Brigadeiro do Ar, Marcelo Fornasiari *Riviero*, comandante do V Comando Aéreo Regional (V COMAR). A estrutura e atuação da Marinha do Brasil na defesa dos rios e do Atlântico Sul foram apresentados pelo Capitão de Mar e Guerra, *Eric Abdalla*, chefe do Estado-Maior do 5º Distrito Naval.

*PAINEL ECONÔMICO*
Promovido pelo Núcleo de Estudos Estratégicos do CMS, o Painel Econômico reuniu, na sede do CMS, expositores da indústria, do agronegócio e da academia.

De acordo com o Vice-Coordenador do Comitê da Indústria de Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do RS, José Luiz Bozetto, a indústria de defesa tem papel decisivo no desenvolvimento industrial e tecnológico dos países. “Um país soberano tem que saber produzir o que é necessário e não apenas o que é mais fácil”, ressaltou.
Os expositores falaram também sobre a economia mundial e os reflexos no Brasil; seus impactos no setor produtivo e consequentemente na economia nacional.
“A desaceleração da economia tem impactado no desempenho das empresas”, apontou Giovani Baggio, Economista-Chefe da Unidade de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
A elevada carga tributária, a falta de mão de obra qualificada e a insegurança jurídica são alguns  dos problemas estruturais apontados pelo economista como gargalos para o desenvolvimento do Brasil.

Para o professor Pedro Cesar Dutra Fonseca, a estagnação estrutural brasileira resulta em baixa produtividade “quem pensa em País tem que se preocupar com essa situação”, destacou.

Na mesma linha do desenvolvimento econômico e social, foi o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), Ruy Augusto da Silveira Neto. Ele destacou que entre as principais indústrias gaúchas, estão empresas do setor agropecuário e o Brasil figura como o maior exportador líquido de alimentos do mundo (uma média anual de 169,3 milhões de toneladas), na frente de Estados Unidos, Argentina, Ucrânia, Canadá e Rússia. Dados da FARSUL mostram que apenas 22,2% do território brasileiro é usado para a produção de alimentos. 74,3% do território é destinado à vegetação protegida, preservada e conservada. “A maioria das guerras da história da humanidade ocorreram por escassez de alimentos”, ressaltou defendendo a importância estratégica do setor para a soberania nacional.

Texto: Cap Viviane
Fotos: 1º Sgt Pires

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